July 31, 2009

July 30, 2009

Objectivo: Praia 09



Até podia ser eu!

Não fossem as pernas tão compridas, a barriga sem gordurinha, o cabelo liso, os olhos castanhos e o peso pluma.

Ainda falta para as minhas (próximas) férias de mar, mas a angústia em acabar com a celulose - e não me refiro à pasta de papel, é um fantasma desgastante e deprimente.

Que se lixe, tenho bom coração, um biquini novo e uma alma cheia de amor para dar! (chega, não chega!? :)

Para a sobremesa



Agora calhava tão bem!!!.... hummm.... e o bolinho também podia ser!

O que afinal não é II



Sabiam que as Havaianas não são do Hawai, nem sequer foram criadas por nenhum havaiano...?
Foi um colono inglês inspirado no modelo japonês de chinelo de palha de arroz ou lasca de madeira (usado com os kimonos).
Os nossos irmãos brasileiros tomaram-lhe o gosto e deram azo ao negócio, como é conhecido nos nossos dias no mundo inteiro!

Também são vendidas no Hawai (:

Teoria das Probabilidades


(Botero)

Guidinha queria tanto ser bailarina.

Não descansou enquanto os pais não lhe compraram aquele quartinho super fashion de bailarina do IKEA com o espelho ao comprido por baixo do beliche de uma cama.


Os cortinados eram rosa, o tapete era rosa e os botões do roupeiro eram... rosa!

O espelho tinha no rebordo umas fadas e umas estrelinhas rosa que faziam a inveja das amiguinhas que também elas melgavam os pais para lhes comprarem um quarto super fashion de bailarina do IKEA.

Mas nem todos os pais são construtores civis e nem todos podiam.

Isaurinha tinha um pai "jeitoso" que acabou por arranjar umas madeiras e fez um beliche quase igual. No Ti Manel dos cacos, como era conhecido no bairro mandou fazer um espelho à medida.

Ficou quase igual ao quarto da Guidinha. Mas não era bem a mesma coisa.
Faltavam-lhe também as fadinhas e as estrelinhas cor-de-rosa.

Como tinham sobrado umas à Guidinha e elas eram muito amigas, esta deu-lhe as que tinha e apesar de não chegar para o espelho todo, deu para desenrascar.

Depois elas cresceram e arranjaram namorados.

As fadinhas gastas pelo tempo e os espelhos ressequidos da humidade dos Invernos, destoavam com as crinas de galo, as pulseiras de bicos e os accords de Heavy Metal que entoavam a qualquer hora pela casa fora.

Guidinha ficou grávida na garagem do pai da Isaurinha quando estes foram a Las Palmas comprar cenas para depois venderem aos vizinhos.
Os pais da Guidinha tinham ido ao Dubai para ver como se constrói por lá. Trouxeram perfumes e mandaram embalar por navio um Jeep duma catrefada de cilindros e que gastam um horror aos 100km/h.

Quando chegaram, as duas na sala estoiraram com a notícia.
Ainda para mais sem saberem dizer quem tinha sido o prevaricador já que as duas tinham alinhado em tom de brincadeira e deixa cá ver se isto é giro e bué na moda e muito in e tal, e vá de swing entre os quatro.

Teóricamente poderia dizer-se que a criança era das duas e dos dois!

Deu o badagaio ao construtor civil, a mãe refugiou-se de vergonha na quinta dos pais falecidos à muito em Caminha e os outros, os menos abastados, compreenderam a cena, deram apoio moral às duas, venderam os quartos de bailarina do IKEA e voltaram lá para comprar o do bébé... a prestações.

Moral da história: existem sempre fortes probabilidades do IKEA entrar na tua vida.

July 29, 2009

O que afinal não é




Sabiam que o Panamá, que veio do Panamá, afinal não se chama Panamá e nem sequer veio do Panamá?

Pois, afinal o Panamá é um El Fino e veio do Equador!


Sempre a aprender....

Não faz mal....




As obras e a pintura que a casa precisava, pois o dinheiro não chega para comprar uma nova - não faz mal porque estamos apaixonados.

O atum que comemos durante semanas, em empadão, com salsinhas, com ovo mexido, pois para a Massada de Cherne, o Camarão Tigre de entrada e a Lagosta Suada o dinheiro não chega - não faz mal porque estamos apaixonados.

A tampa da sanita sempre levantada que te esqueces e a pasta dos dentes que não aperto pelo fim - não faz mal porque estamos apaixonados.

A roupa suja que deixaste de pôr no cesto na WC e as piúgas que coleccionas no canto do quarto até ganharem penicilina e que eu já não apanho - não faz mal porque estamos apaixonados.

No dia de São Valentim, aquelas flores que eu adorava e não trazes, "aquela" lingerie que te deixa no ponto e que eu já não compro, só porque achamos agora que é um desperdício de dinheiro e mais vale ficar em casa a ver o Wolverine em versão manhosa, sacada dum qualquer frick da ilegalidade - não faz mal porque estamos apaixonados.

As promessas de amor eterno e o target de pelo menos 6 filhos, porque gostávamos de casa alegre e animada, ficámo-nos pelas gêmeas já que as noites em branco foram a dobrar e... - não faz mal porque estamos apaixonados.

Aquelas gordurinhas que ganhámos porque romanticamente passávamos os fins de tarde de Verão nas hammacks dos lounges de beira-mar a beber sangria e comer Bolas de Berlim - não faz mal porque estamos apaixonados.

Mas...

Veio a dor de cabeça, a sempre reunião no Clube de Vela, a rotina, o imprevisto previsto mas não desejado e ignorado de que o para sempre tinha um fim e descurámos, porque tal como as doenças graves, achámos que só aos outros acontece - afinal estávamos apaixonados.

Não nos empenhámos, deixámos tudo ao sabor do sentimento e fomos traídos pela preguiça em não alimentar o gatinho, em não regar as flores, em não pôr óleo no motor do carro e tretas do género.
O certo é que o gato quinou, as flores secaram e o carro gripou.

Agora choramos, porque não conseguimos vender a casa que comprámos a meias, porque não atinamos na regulação do poder paternal das gêmeas, porque eu sempre quis o LED da sala de estar e tu agora embirras (tal como embirraste quando o comprámos) e porque as hormonas andam ao rubro pela falta de sexo, o tal maravilhoso e bom que fazíamos, do encaixe perfeito e fabuloso dos nossos corpos - que afinal era tudo mentira, já que descobri tu dizias o mesmo à catequista das miúdas, à enfermeira da clínica onde foste operado à pedra no rim e à tua personal trainer que teimavas em arranjar por causa das p**as das Bolas de Berlim!

Nada faz mal, quando estamos apaixonados... isto, se nunca acordármos.

July 28, 2009

O livro de Gastão


(Pablo Picasso )

Foi numa tarde de imensa solidão, para os lados do Outono e numa casa de esquina com a igreja matriz da aldeia alpina. Céu cinzento, nuvens gordas de gotículas gélidas e frenéticas de liberdade. Raios cobriam o horizonte e de lá longe chegava o trovão da tempestade. Imponente.

As árvores rugiam à vontade do vento, a fauna e flora rezava a Santa Bárbara para que tudo parasse rápido; quanto a mim, tanto me fazia.
Era a natureza no seu melhor e sempre me preenchia o vazio da solidão, do silêncio, aquele que ecoa dentro da cabeça e nos deixa ainda mais sós.

Com manifesta minúcia li o teu livro, o tal que te propuseste escrever, faz agora uns seis anos.

Seis longos anos, em que te empenhaste, esforçaste, estudaste, investigaste...
Sei bem o que padeceste e tanto ou mais valor te dou por isso mesmo.

Chegaste ao epílogo e libertaste-te dum capricho, dum desígnio da idade, dum cliché da nossa geração que para sermos Homens teriamos que ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore.
Fizeste isso tudo, mas ainda hoje acho que cannabis plantado no quintal não serve como árvore. Não importa agora também.

Terminei o livro num ápice.
Cinquenta e sete páginas de pobre enredo, usado, já muito visto e falado.
Personagens que carecem de realismo, de essência, de interesse. Mini-capítulos em catadupa, nem sequer é inédito. Mau.

Não tive ainda a coragem - a mesma que veste os heróis; nem a astúcia - a mesma que domina nas raposas.
E muito menos a misericórdia - a mesma que dizem reina nos Céus.
Falta-me tudo isso e mais o engenho para te dizer, assim por muitas ou mesmo poucas palavras que o teu livro, Gastão, não presta.

É a minha apreciação... e agora dizer-to?


July 27, 2009

O Que Foi Que Ele Disse?



Meu povo, sede justos na medida e no peso e em nada lesai os outros e não corrompeis a terra.

Deus não muda o destino de um povo até que o povo não mude a sua alma.

Maomé

July 24, 2009

July 23, 2009

O Que Foi Que Ele Disse?


Tagore com Gandhi, India


Rabindranath Tagore, prémio nobel da literatura (n.1861-1941):

"Se chorares de noite pelo sol, não verás as estrelas"

July 21, 2009

Algo mais que um susto...




Costuma-se dizer "Do susto ninguém nos livra", pela minha parte acrescento que nem do susto, nem das taquicárdias, nem dos cabelos brancos, nem da dilatação das pupilas em órbita, nem da ofuscada visão, nem da respiração em tornado, nem dos nervos e mais que seja.

Foi no Sábado passado.

Sou de baixa estatura, mas nesse dia consegui mirrar ao ponto de ficar pronta para um qualquer laboratório de nanotecnologia.

O tempo prestava-se a um belo passeio de bicicleta, de mota, de mergulhos no mar, enfim. O meu rapaz optou pela bicla, mas nem capacete, nem joelheiras, nem cotoveleiras, nem juízo, nem nada. Do outro lado da estrada vinha um jeep. Palavras para quê.

Culpa dos dois: um porque vinha depressa demais, à confiança por ser uma estrada de pouco movimento, onde raramente se vê viva alma; e outro pela incúria da observação das regras de quem circula, mesmo em estradas onde raramente se vê viva alma, principalmente quando de pavimento de gravilha se trata.

O choque foi brutal, a sorte foi muita.

Cabeça e corpo batidos no capô do carro, cuspido pela gravilha fora, bicicleta debaixo do carro que não sobrou nem para peças.

Directo para o Garcia da Horta (hospital de Almada), ficou sob observação... que tempos!!

Por meio de hematomas feios e escoriações várias que não se ficaram atrás na beleza, mais um calcanhar deitado abaixo ao ponto de levar 6 pontos para o compôr, restou os dedos da mão esquerda livres de maleita. Sim, até o rabo ficou com lesões.

Pormenores dos gritos ao ser cosido, dos pontapés do pânico de tanta seringa e agulhas e sangue e dores e ardores e batas azuis e brancas à sua volta, não vale a pena mencionar.

Todo escaqueirado foi como voltou para casa, mas vivo e na certeza de que o uso do capacete, joelheiras e cotoveleiras, bem como da atenção à estrada onde circula, passaram a ser, finalmente, prioritários - assim ele diz aos 8 anos.

Foi algo mais que um susto. A impotência perante o pensar duma possível perda do maior tesouro que possuimos e a percepção clara e óbvia (mais uma vez) de quão frágil é a vida.

De quão frágeis e impotentes nós somos. Reduzidos a frágeis e impotentes... em micro-segundos.

Algo muito mais que um susto.

July 17, 2009

July 15, 2009

A diferença está no tentar



Foi na semana passada.

Ajudei uma pessoa a subir os degraus do comboio. Um senhor na casa dos seus 55/60 anos, bem vestido e aprumado.

Vejo-o de amiúde e por norma aquela hora, à espera do comboio, pelo que presumo se dirija ao emprego em Lisboa.

Naquele dia, ou porque estava a pensar noutra coisa, ou porque se desorientou, ou porque apenas porque, não dava com a porta, por conseguinte iniciou um nervosismo ritmado com a sua bengala.

Processo normal para quem é cego e tem que se adaptar à força, ao mundo ainda egoísta dos ditos "normais" só porque são mais.

Foi tudo muito rápido, aliás como ditam as regras do despachar-que-o-comboio-tem-de-seguir-e-estamos-sempre-todos-com-muita-pressa.

Dei-lhe o braço. Subimos.

As pessoas, que inevitavelmente levaram um encontrão, olharam de viés para lançar um olhar mortífero de quem fora incomodado, contudo, quando perceberam tinha sido um cego, conformaram-se na sua riqueza de sentidos e apaziguaram o seu fel matinal em nada tecerem.

Neste turbilhão foi quando me apercebi que o senhor trazia um sapato de cada cor: um preto e um castanho.

Tive um choque. Um manancial de pena, de desilusão, de impotência, de fraqueza, de despropositada culpa - tudo brotou ao mesmo tempo.

Nada lhe disse. Achei que o iria incomodar mais, e claramente nada ele poderia fazer naquele momento. Deixei para os colegas, para as pessoas com quem tenha uma relação mais íntima e de confiança.

Já passou seguramente uma semana, mas ainda penso nisto. Nesta minha atitude.

Será que o deveria ter avisado, apesar de que todos naquele mínimo espaço, iriam ouvir e ele talvez ficasse magoado por ser exposto por uma estranha, apenas pelo seu desculpável inadequado gesto social (o trazer um sapato diferente em cada pé)?

É difícil.

Não é fácil lidar com as pessoas, ainda para mais com quem não conhecemos, com quem não sabemos como andam no mundo: se a bem ou revoltadas.

O respeito pelos outros, pelo seu espaço, pela sua intimidade, pela sua liberdade, é bonito dizer-se, mas a diferença está no tentar.

July 14, 2009

Menos 1 cherne na Europa?




Pois, lá ficou este senhor.
Polaco de nascença e cientista de profissão.
Jerzy Buzek é o novo prelesidente! Viva, viva o Sr prelesidente!

Palpita-me que por Bruxelas passem a comer mais grelhados nesta época!

Daqui a 2,5 anos cá estaremos de novo com mais novidades!!! (:

July 13, 2009

Filme do mês





Hilariante!


Adorei ver este filme neste final de semana.


Digamos que temos uma tragico-comédia, uma família totalmente disfuncional e uma viagem de 6 pessoas (cada uma melhor que a outra), desde o Novo México até à Califórnia, numa velha carrinha Volkswagen amarela - essa mesmo: a kombi.

Entre um tio gay e suicida, um avô toxico-dependente, um irmão autista, uma mãe típica, um pai que só quer vencer e um orçamento reduzido, o que eles passam, vivem, sobrevivem e não só, para levar a miúda (a filhota mais nova, sonhadora e desengonçada) a um famoso concurso de beleza: "Little Miss Sunshine".

Mais não digo, vejam.

July 10, 2009

Bom fim de semana!!












Matthew Mc Conaughey


Queridas... tentem ter um bom fim de semana!!

July 07, 2009

Horóscopo de hoje....


Sagitário


"Não é triste mudar de ideias. Triste é não ter ideias para mudar".
Portanto, se tiver que dar uma volta de 180° nalguma situação dê, e porquë?
Porque a vida é sua!



Capricórnio


"Enquanto os homens não se considerarem todos irmãos e não pensarem na vida humana como a mais sagrada de todas as coisas, haverão sempre de arruinar a vida uns dos outros por motivos de interesse pessoal" (Tolstoi)


O Que Foi Que Ele Disse?


"Esperar que a vida o trate sempre bem porque é uma boa pessoa, é como esperar que um touro não o ataque porque é vegetariano".

Dennis Wholey (n.1939 - )

O regresso da terra dos perús: Turkey!

Faz já mais de duas semanas é certo, mas ando totalmente " addicted" ao twitter e como o tempo me é escasso e não dá para tudo...


Vim da Turquia.


De terras muçulmanas, islâmicas, árabes e do género ou com pequenas percentagens do género, vão 7 no meu curriculum: Marrocos, Tunísia, Síria, Maldivas, Tailândia, Jordânia e Turquia.

A Turquia excedeu as minhas expectativas, confesso.

Não só pelo crescimento económico à vista e que eu desconhecia, mas pelas suas gentes, pela sua cultura, pela sua gastronomia, pela doçaria (aiiiii!!!!) e pela forma como somos - nós, os estrangeiros - recebidos: por entre sorrisos e muito calor... mesmo muito!


Fiquei-me pelo Mar Egeu, mais precisamente na bela província de Bodrum, onde passeei, meti o nariz no belíssimo Castelo, dei um pulo ao famoso Museu Arqueológico Submarino, desfrutei das praias com águas limpas e cristalinas e em certas zonas, dos seus belos calhaus espalhados pela praia fora!

Magnífico, é o melhor adjectivo para qualificar os passeios de barco.


Muito embora prefira o lado grego do Mar Egeu, sem dúvida, adorei esta experiência e recomendo, como sempre recomendo quando de conhecer o mundo se trata.


Idem, idem lá para ver, saber e apreciar.

Ele há gostos, cores, sabores e odores que só o cognitivo de cada um pode avaliar e guardar.

É por isso que sempre e cada vez mais, me sinto uma cidadã do mundo!




Castelo


Marina


De noite em Bodrum


Praia de Bitez (a única quase sem calhau!)