A Mulher...

por Amedeo Modigliani

Reflectir

Bom Fim de Semana!

DENZEL WASHINGTON

Dantesco

É o meu acordar das últimas semanas.

Tudo começou quando o meu vizinho de baixo se lembrou de comprar um despertador novo: acorda todo o prédio, menos a ele.

Ando de rastos, cheia de olheiras, a bater em todos os postes e não distingo ao longe uma mosca dum elefante!
Tudo porque às 06h10 da madrugada, sistematicamente, diariamente e alucinantemente começa o despertador a tocar.... gradualmente, sem parar!

Levanto-me às 07h26 todos os dias, agora com mais de uma hora de luta entre almofada pela cabeça abaixo, entre fazer força para dormir, contrair os músculos e morder os lábios para não vociferar a mãe do senhor e descer as escadas para colocar à porta uma granada (arranja-se facilmente ali no meu bairro).

Estou à beira de um ataque de nervos e não é nenhum filme do Almodóvar, nem eu sou a Pénelope Cruz. Mais género Frankenstein, se outra semana isto assim durar!

Surpresa

É o que tem sido com a leitura deste livrito.

Capítulo, após capítulo, assim a minha sonolenta estrutura cognitiva me tem vindo a permitir (tema para outro post adiante), leio com assaz fervor cada parágrafo que esta americana de gema, tão alegremente e ligeiramente entendeu escrever.

Assim é, sempre que gerimos as nossas expectivas.
Ao mantê-las em baixo, tudo o que subvier será ou recheado de boa surpresa ou apenas constatação do que já era esperado. Sem desilusões, sem tristezas.

Pena não conseguirmos aplicar a tudo que se passa na vida.
Se bem que, se o fizessemos, a vida seria aquele pãozinho sem sal, aquele andar-cá-por-andar e metade da piada perdia-se. Deixemo-nos ficar, pois, como estamos e somos.

De volta ao livro.
A personagem numa das suas dissertações aquando da viagem a Itália (onde procura deliciar-se com o dolce fare niente, com vivenciar o gozo da vida e nos meandros, aprender a língua) eis que se depara com o choque de culturas..., de gastronomia..., de... vida e conta:

"Luca (amizade local) has travelled a fair amount, though he claims he could never live anywhere but in Rome, near his mother, since he is an italian man, after all - what can he say? But it is not just his mamma who keeps him around.
He's in his early thirties, and has had the same girlfriend since he was a teenager (the lovely Giuliana, whom Luca describes fondly and aptly as acqua e sapone - soap and water in her sweet innocence). All his friends are the same friends he's had since childhood, and all from the same neighborhood. They watch soccer games every Sunday - either at the stadium or in a bar (...) and then they all return separately to the homes where they grew up, in order to eat the big Sunday afternoon meals cooked by their respective mothers and grandmothers.

I wouldn't move from Rome, either, if I were Luca Spaghetti."

Das esculturas tridimensionais da moda

Apresento-vos Quino e a sua obra-prima de banda desenhada: Mafalda - a controversa, revolucionária e queridíssima Mafalda.


Podem-na encontrar, deste este (nosso) Verão, neste mesmo banquinho, à porta da casa do seu criador, no bairro de San Telmo, ali para os lados daqueles Buenos Aires que de tantas saudades me enchem.


Ai e que Buenos Aires nos dá a capital argentina.

Passando pelo d e l i c i o s o bife, pela extraordinária rede de transportes públicos, pelos magníficos jardins e avenidas ladeadas de altaneias árvores, pelo exímio Tango dançado nas caves da Sociedade Arménia, pela cor da cidade, pelo estádio do Bocca, pelas pessoas, pela vida na rua, pelos beijos e abraços que lá recebi, por isto e por aquilo e aquel'outro.


Voltar ao Desnível para comer o "Bife Chourizo" e ao Guido's para me babar com as suas massas, para isto e para aquilo e para o quel'outro também.

Todos os finais de semana me apetece lá ir almoçar. Até porque agora urge investigar se neste banquinho da Mafalda se sentam mais rabos que no do Fernando Pessoa.

Um dia fá-lo-ei.



Fernando Pessoa n'A Brasileira

A Mulher...

A mulher na obra de Edward Hopper

... e o meu preferido:

Jessica RABBIT, a ruiva de vestido vermelho, racha de lado e ar " picante" foi eleita nos EUA como a personagem de desenho animado mais sensual de todos os tempos.

Honras lhe sejam feitas!

Achar uma mulher destas deve ser como agulha no palheiro, mas que las hay, hay! (:

Quanto aos bons costumes e nobres valores, até nisso ela é exímia.

No filme Who Framed Roger Rabbit realizado por Robert Zenneckis no final anos 80, ela é a fiel companheira de Roger RABBIT.

Seduz e cativa pela beleza, sensualidade e honestidade: a maior virtude de todas.

Palminhas à Jessica, ora pois.

Já foi na terça-feira, o regresso à labuta.

Custou, mas também custa sempre quando de sítios bonitos e prazenteiros se trata.

Muito ficou por ver e saborear, o tempo era pouco, mas o gostinho do voltar, do ter que meter lá o nariz de novo, esse ficou e bem forte.

O mundo anda mesmo às avessas. A previsão do tempo: surprise, surprise era chuva! A granel, todo o fim de semana.

Acontece que não só os baldes de chuva acabaram por não passar dumas pingas para refrescar o ar (bem) fresco de Outono, como ainda tive dias de sol a céu aberto.

De Glasgow pouco há a dizer. O Sr Mackintosh é o herói do merchandising e da história da cidade.

Arquitecto dos anos do Novo estilo ou Arte Nova, deixou um legado porreiro para a cidade. Entre edifícios de traças vanguardistas, arte aplicada e também no mobiliário deu que falar.

catedral de Glasgow

Glasgow tem desafogadas avenidas, algumas pedonais e comércio como em qualquer outra cidade na Europa.

Edinburgo é que é uma coqueluche. Uma cidadezinha (apesar do caos das obras por todo o canto) com muito encanto e delírio ao olho.

Do castelo altaneio, super bem conservado, com vistas fantásticas e entradas a principesco nível (€15!) desce-se pela Royal Mile babando o queixo e deixando a imaginação voar até tempos da outra senhora, onde das janelas se jorravam penicos de xi-xi, onde pelas ruas passavam cavalos, carroças e carrinhos de mão, cheios de trigo, estrume ou leiteiras com bom leite.

Também por aqui reza a história de desfiles de famosos guerreiros, reis e rainhas.

Avenida ladeada por edifícios dignamente conservados e que preservam a traça inicial ao pormenor.

Pelo meio uns fast-food da moda, umas lojas para turístas onde se ouve gaita de foles até fartar e se tenta não esbarrar nos manequins vestidos a rigor com belos kilts e onde tudo (ou quase) tem padrão escocês.

Mais umas voltas pelo perímetro, pelos museus e o fim de semana prolongado chega ao fim.

Na lista dos "voltares" estão aquelas belas terras, com muito que têm para nos oferecer - mais do que bom uísque vos garanto.

Idem lá para ver.

The name is ... Land, Scot Land!

Vou lá num pulinho este feriado, ver se é mesmo assim. Depois logo digo quando voltar.

Humor