February 02, 2009

Por vezes...

Por vezes assombra-me a alma este pensar que há tanta coisa para ver, fazer, experienciar, viver, desejar e que eu literalmente perco o tempo na pasmacenta rotina do dia-a-dia.


Almejo de imediato o Euromilhões, o milagre que me curaria de todos os males e me deixaria finalmente ter o estimado tempo para correr mundo e sugar tudo o que por aí existe.


Depois vem a iluminação e rapidamente encaixo de novo que a vida não é como nos contos de fadas. Que afinal a minha imaginação apenas é fértil e ingloriamente massacrante.


Entretanto também me vem à memória que nada cai nas nossas mãos, que temos de fazer pelas coisas acontecerem. Nesse momento ressurge uma nova energia, uma nova esperança, uma nova vontade.


Se acontecer ter um jornal por perto ou ser hora das notícias na TV, acordo deste medonho ensejo de vida assaz confortável e completa e regresso ao mesmo.


A pasmacenta rotina do dia-a-dia, vale o que vale.

Posso tirar partido de tudo que se me apresenta e regozijar-me com o que tenho, com o que viajo e conheço de mundo, com o que sei fazer e com o que consigo alcançar.
Lema de vida insípida, porque não desejar mais?

Parece mal? Quiça parece. Mas que se dane.

Assim como assim a idade não abranda, o mundo não pára, o progresso não deixa de evoluir e tempo não há para tudo.


Que se dane.






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