Olá!!

ou

Faça chuva ou faça sol.

Verdadeiro trabalho de Hércules, tentar resistir a cada quiosque, tasca, restaurante ou supermercado que os venda.

Esteja frio ou calor arrebatador. Babo-me por um gelado.

Terei um problema? Sim, quando não há trocos na carteira e a arca ali ao pé, cheia deles a rirem-se para mim.

Terei um preferido? Sim, desde que surgiram as "colecções": prefiro todos!

À memória vem a imagem do homem dos gelados que descalço, de testa, braços, pernas e pés queimados pelo sol, percorria as praias da Costa com uma maleta branca pendurada e balbuciava o pregão conforme as forças davam: É Fruta ó Chicolate!

Tal como a Língua da Sogra enfiada a rojos no saco plástico carcomido pelo sol e as Bolas de Berlim que a senhora gorducha alteava na cabeça em cesta de vime com paninho branco bordado cheio de nódoas do frito, nunca tive direito a nenhum(a). Eram tão caros que me fiquei pela primeira pedinchice...

Nostalgias que agora me fazem sorrir, até porque de amiúde era compensada na mercearia do bairro, bem mais baratos.

Hoje em dia, para sobreviver aos tempos, à concorrência e para o lucro "que a tanto obrigas" criaram várias marcas e franchisaram-se em lojas.

Mantiveram alguns gelados originais e inventaram tantos outros.

Tive pena pelo Crispy, mas dou palminhas pelo Swirl, pelo Magnum e pela Carte D'Or.

É a vida. Há que sorrir, seguir em frente e Olá! Olá!