March 05, 2009


When poverty comes in at the door

Há dias saiu uma notícia num matino português que, em resumo, falava da pobreza dalgumas famílias em Portugal e que pessoas há que já nem água nem luz, pagam.

Ora desculpem-me a frieza, mas e à semelhança do caso de Loures, no interior das casas destas pessoas não haverá perdido um plasma de última geração; no bolso do casaco GANT um telemóvel último grito ou até no café do bairro o pequeno-almoço tomado diaria e sagradamente?

Não, porque isso não tem piada saber.

Não é sencionalista o suficiente para vender a sua "história" e porque a malta que a lê basta-lhe saber que existem uns caramelos que não pagam as contas. A infelicidade alheia vende mais que a verdade nua e crua.

"- Xii, como vai este país, coitados, para o que estamos guardados, Deus nos ajude, Deus nos livre, Deus nos acuda...", etc, etc, etc.

É claro que existe pobreza, que existem pessoas sem ter o que comer, sem acesso à educação, aos cuidados primários de saúde, sem saneamento básico, sem roupa quente, sem sapatos,... mas também existem pessoas que em nome da crise descuram as suas obrigações e cumprem apenas o que lhes convém!

Ao abrigo da crise "que se lixe, alguém há-de resolver isto, se eu não pagar o governo paga ou outro gajo qualquer, quero lá saber".

Devido à incúria com que hoje em dia os jornalistas nos trazem as notícias permito-me duvidar de todo e qualquer parágrafo sobre todo e qualquer assunto.

A falta de profissionalismo, a falta de pesquisa, a falta de iniciativa fazem-me desacreditar nos media de hoje.

Bem como a reles postura, a falta de civismo e respeito pelo próximo, faz-me desacreditar nas pessoas.

Lamento, mas não tenho pachorra, nem estômago para mais desacatos, desgraças e jamais irei adquirir, nem regozijo nem comiseração, pela real infelicidade alheia.

Que chegue a Primavera, bem preciso!

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